Heritage Wines: Uma viagem à descoberta dos Grandes Vinhos
Relançamentos, edições limitadas e novos produtores. É assim a nova “coleção” da Heritage Wines.
Todos os anos a Heritage Wines apresenta as suas novidades numa prova de vinhos, denominada “Descoberta dos Grandes Vinhos”. Em 2013, o evento decorreu no Centro Cultural de Belém (CCB) e apresentou novos produtores, nomeadamente, Vértice (Douro), Maison Louis Jadot (Borgonha) e E. Guigal (Côtes du Rhône), que recentemente se juntaram à “família” Heritage.
O evento da Heritage Wines, que reuniu cerca de 500 profissionais, revelou uma tendência de relançar vinhos com dez anos de produção. Quem está atento ao setor e gosta de estar a par das últimas novidades encontra vários vinhos de 2003. É o caso do Colheitas Antigas 2003 da Quinta do Mouchão, por exemplo. Mas não só. As três casas de vinho do Porto, Taylor’s, Croft e Fonseca vão re-editar os seus “vintage”. Uma década após a sua colheita a prova indica que os ditos estão no “ponto”.
Mas talvez o “menino de ouro” tenha sido a apresentação, pela primeira vez, do Taylor’s Very Old Tawny Port 1964. Uma edição extremamente limitada, de apenas cinco mil garrafas, que estará à venda por uns 250 euros. Este é o primeiro produto de uma nova estratégia da Taylor’s de lançar edições limitadas (todos os anos) de produções com 50 anos.
Num misto de produtores nacionais e internacionais houve oportunidade para algumas descobertas. No campo dos espumantes destaque para o português Vértice. Com preços que vão dos 10 a 20 euros e com quatro variedades a marca aposta essencialmente nos sabores mais “brutos”. Apenas o Rosé 2011 é ligeiramente doce. Com ênfase no ligeiro.
Para os fãs dos vinhos franceses, nomeadamente da região de Borgonha, a Heritage Wines tem uma boa notícia. A casa Maison Louis Jadot já faz parte das marcas que representa/distribui. Trata-se, provavelmente, do produtor com uma tradição, na produção do vinho, mais enraizada. Este é feito da mesma forma há cinco gerações. Com um sabor suave e uma cor algo translúcida a casa levou à prova um Borgogne 2010, um Beaune Theurons 2006 e um Clos Vougeot 2007.
Também recente, tendo sido a sua primeira apresentação em solo nacional, é a casa E. Guigal, embaixador da reconhecida Côtes du Rhône. Com vinhos mais complexos, mas nem por isso menos interessantes, apresentou um Chateauneuf du Pope 2007, um Chateau d’Ampuis 2009 e um Cotes du Rhone 2010.
Ainda nos vinhos estrangeiros surpresa para os produtores espanhóis Bodegas Roda. Os vinhos apresentados originavam de duas regiões completamente distintas. O Roda Reserva 2008, de La Rioja primou pela suavidade, fruto de as vinhas terem um misto de influência continental, mediterrânea e atlântica. É um vinho extremamente abrangente, capaz de se adaptar a vários momentos de refeição. Já o Corimbo, de Burgos, e com influência 100% continental, é um vinho mais complexo, que exige pratos mais “pesados”.
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*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Artigo publicado no Escape a 1 de Novembro de 2013.
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