Comemorações dos 160 anos de Ramirez terminam em Lisboa
Na próxima semana a loja das Conservas, em Lisboa, terá em curso um programa temático dedicado à Ramirez. Mais precisamente uma comemoração dos seus 160 anos de existência.
São sete dias de diversão. Tudo começa na segunda-feira, dia 6 de Outubro, com a inauguração de uma exposição de fotografias e latas de conservas do espólio museológico da Ramirez. Que por sinal é o mais antigo fabricante de conservas do mundo. O evento será “apadrinhado” pela artista Joana Vasconcelos.
A exposição estará patente durante toda a semana e será “acompanhada” por diversas degustações, que acontecerão ao longo do dia (e da semana).
Na quarta-feira o fim de tarde é acompanhado por uma tertúlia, onde o director do Museu das Conservas de Peixe em Portimão, José Gameiro, onde será debatido a história de uma indústria centenária.
A pensar no fim-de-semana, na noite de quinta-feira há Sunset Party. Entre as 19 e as 23 horas que passar pela rua do Arsenal vai encontrar música, degustações, harmonizações, assim como parte do elenco da telenovela Mar Salgado, da SIC.
O ponto forte do fim-de-semana vão ser os dois show cooking, agendados para as 11:30. No sábado a criatividade fica a cargo do chef André Magalhães, da Taberna da Rua das Flores, enquanto no domingo é a vez de Célio Cruz, do blog Sweet Gula.
2015: nova fábrica, novo ciclo
O próximo ano significa uma nova etapa na existência da Ramirez. A empresa, que no ano passado facturou 35 milhões de euros e vendeu 54 milhões de latas, vai inaugurar uma nova fábrica, em Matosinhos, num investimento de 18 milhões de euros. O movimento não só vai concentrar toda a produção num único local (até agora tem duas fábricas), e com isso a desactivação da unidade de Peniche, enquanto fábrica de conservas.
Isso também implicará a criação de cerca de 40 postos de trabalho. Que se junto aos recursos humanos que transitam de Peniche. A maioria, pelo menos. Manuel Ramirez, director-geral da Ramirez, não adiantou quantas pessoas fariam a transposição mas referiu que algumas, talvez umas 30, não continuem na nova fábrica.
A decisão de avançar com o investimento deve-se, em grande parte, com a necessidade de cumprir as exigências técnicas de alguns dos mercados cliente da companhia. É caso do Japão, Austrália, Reino Unido Estados Unidos da América e África do Sul. Só para se ter uma ideia a Ramirez tive 18 auditorias no ano passado. E isto é importante dado que 65% da produção da Ramirez se destina ao mercado externo.
Adicionalmente a nova fábrica irá permitir, pelo menos, duplicar a produção, abrindo “portas” a novos mercados.
Embora a Bélgica seja, tradicionalmente, o maior cliente em volume, seguido do Reino Unido e de Angola, nos últimos três anos o principal mercado exportador foi a Venezuela. A empresa, que exporta para mais de 50 países, tem 14 marcas, das quais 9 estão consistentemente activas.
Alexandra Costa – 03Outubro2014@Opção Turismo
Artigo publicado no Opção Turismo, a 3 de Outubro de 2014.