Beja regressa ao tempo dos romanos
Este fim de semana, a capital do Baixo Alentejo recua no tempo, até à era romana, em mais uma edição do Festival Beja Romana.
Sabia que as origens de Beja remontam ao século I a.C.? Na altura, tinha o nome de Pax Julia e era capital de Conventus Pacensis, uma das três circunscrições responsáveis pela organização das questões jurídicas e do culto imperial da província da Lusitânia. Esta é apenas uma das curiosidades de uma cidade que, durante três dias, se veste a rigor. Aí será possível assistir a animações de rua, cortejos, espetáculos de falcoaria e de fogo, divertir-se no mercado e muito mais.
O programa contempla atividades para miúdos e graúdos que vão desde a realização de um peddy paper com o objetivo de descobrir o património da cidade a espetáculos onde se vê o imperador César Augusto (que fundou Beja) e ainda ao conto de histórias. Pelo meio é possível visitar a exposição sobre os materiais romanos das reservas do Museu Regional de Beja ou, para os mais aventureiros, passear de burro. Um dos momentos altos do evento é o cortejo de abertura, agendado para as 10h30 de hoje. Mas também (ou mais ainda) interessantes são as várias peças de teatro (destaque para “O mercador de escravos” e ainda para “O Senado”) que irão decorrer pela cidade assim como as danças e e os espetáculos de música e animação (não perca “A forja de Vulcano”) e a visualização de filmes (“Os deuses do Egipto”, por exemplo). Quem quiser conhecer (ainda) um pouco mais da história de Beja, não pode perder a visita guiada à Beja Antiga.
Uma boa forma de não se “perder” é ter em conta que, embora todo o centro histórico se vista a rigor, a maioria das atividades ocorrem na Praça da República, onde se situava o fórum romano e “estão identificados dois templos romanos, um dos quais o maior e mais monumental descoberto até hoje em território português”.
O evento vai ter algumas áreas temáticas. São elas o Acampamento Militar, onde pode ver atividades de combate clássico assim como fazer visitas guiadas e perceber os diferentes equipamentos e técnicas de execução; Artes e Ofícios, onde pode ver os artesãos a trabalhar, ao vivo, diversos ofícios (tecelagem, mosaicos, costura, armeiro, arqueiro, mostra de armas); Pedagógica, onde vigora o lema “Brincar à pequena escola da grande PAX”; Alimentar, onde encontra as várias tabernas onde pode provar a cozinha inspirada em receitas romanas; Mercado; Demonstração de Animais, onde encontra exposição de aves de rapina, demonstrações de voos, demonstração de cavalos e ainda passeios de burro para crianças; e Maias, onde se realizavam rituais de celebração da deusa Maia, a deusa da fertilidade.
Por Alexandra Costa/OJE