Magia celta em Boticas
Animação de rua, oficina, as workshops e concertos fazem parte de um programa que pretende mostrar um pouco da milenar cultura celta.
São dois dias em que se recua no tempo e se contacta com a magia da cultura castreja. Recriações históricas, animação de rua, gastronomia, oficinas de artes ancestrais e música estão no programa onde a temática celta é rainha. Um regresso ao passado para co- memorar uma cultura milenar que ainda hoje se encontra envolta em mistério.
Uma das curiosidades da Céltica é o facto de toda a comunidade local participar no evento, como figurantes nas recriações históricas. A primeira ocorre no dia 28, às 16 horas, e tem como tema a Batalha dos Guerreiros. A ideia é recriar a vivência quotidiana com personagens características de uma época, vestidas a rigor, num espectáculo que pode conter ações de arqueologia experimental, designadamente como se faria o fogo, uma determinada peça de vestuário ou até mesmo a guerra.
No dia seguinte, a recriação histórica incide nos Jogos de Guerra, animação que será complementada por iniciativas, entre as quais se destaca a mostra de instrumentos musicais singelos (ligados à natureza). Para se ter uma ideia, os participantes poderão aprender a produzir gaitas de palha ou assobios feitos com paus, ervas, bugalhos ou sementes.
Durante os dois dias da Céltica, haverá animação de rua. O “Viajante no Tempo” e o “Almoço Gastronómico” são dois exemplos do que poderá encontrar. A par de diversas oficinas, como a do Ferreiro, onde poderá ver como se trabalhava o ferro. Já “À Volta do Barro”, os participantes poderão participar no processo e produzir uma peça numa roda de oleiro manual.
As noites são dominadas pelos concertos. A 28, por exemplo, sobem ao palco os “Strella do Dia”, conhecidos por usarem instrumentos de antanho, como a gaita-de-foles, a tarota, a gralla, o corno, o timbalão ou os crótalos.
Mais do que uma mera recriação histórica, o evento proporciona o contacto com uma outra cultura, com o misticismo celta e toda a sua preocupação com a natureza.
Por Alexandra Costa/OJE
