Sábado, Janeiro 25, 2025
Notas Soltas

A (minha) vida em 208 palavras

A primeira década divide-se entre antes e depois de o meu irmão nascer. Entre ter, ou não, a minha mãe só para mim. E foi nessa altura que teve início, com a entrada na escola, aquela ânsia pelo conhecimento.

Na adolescência descobri a paixão pelos livros, o mundo da tecnologia (que me segue ainda hoje) e que detesto injustiças. De tal forma que encontrei coragem para enfrentar quem me deveria proteger.

O “mundo adulto” trouxe a universidade, mas também uma profissão que surgiu de forma inesperada. Descobri o prazer de contar histórias, de simplificar o complexo, de dar sentido aos números. Ganhei independência e o meu próprio espaço. Ganhei asas e liberdade.

Responsabilidade. Para comigo e para com os outros. Arriscar, conquistar e cair. Os 30 trouxeram emoções e desilusões. Fiquei sem as minhas bases. Mas mesmo no cenário mais negro há luz. E do desespero surgiram amizades inesperadas e duradouras.

Os 40 surgem com um espírito livre, que deveria ter tido aos 20. Depois de ter caído e levantado descobri que era mais forte do que pensava. Que não vale a pena sofrer por antecipação. Que tudo se supera. E que mantenho a minha visão de vida: há sempre um lado positivo. Só temos de o procurar.

Este texto foi um dos exercícios da formação Escrita Criativa, proporcionado pelo Turismo de Portugal.

Alexandra Costa

Jornalista desde 1996. Adoro viajar, conhecer novas culturas, experimentar gastronomias. Sou viciada em livros e nunca digo que não a uma boa conversa e amo a minha Luna. Defendo que mais vale poucos (e muito bons) amigos do que milhentos conhecidos. E prefiro ver o “copo meio cheio” em detrimento do “copo meio vazio”.

One thought on “A (minha) vida em 208 palavras

  • Gostei imenso! Já o tinha dito e torno a dizer. 🙂

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