A (minha) vida em 208 palavras
A primeira década divide-se entre antes e depois de o meu irmão nascer. Entre ter, ou não, a minha mãe só para mim. E foi nessa altura que teve início, com a entrada na escola, aquela ânsia pelo conhecimento.
Na adolescência descobri a paixão pelos livros, o mundo da tecnologia (que me segue ainda hoje) e que detesto injustiças. De tal forma que encontrei coragem para enfrentar quem me deveria proteger.
O “mundo adulto” trouxe a universidade, mas também uma profissão que surgiu de forma inesperada. Descobri o prazer de contar histórias, de simplificar o complexo, de dar sentido aos números. Ganhei independência e o meu próprio espaço. Ganhei asas e liberdade.
Responsabilidade. Para comigo e para com os outros. Arriscar, conquistar e cair. Os 30 trouxeram emoções e desilusões. Fiquei sem as minhas bases. Mas mesmo no cenário mais negro há luz. E do desespero surgiram amizades inesperadas e duradouras.
Os 40 surgem com um espírito livre, que deveria ter tido aos 20. Depois de ter caído e levantado descobri que era mais forte do que pensava. Que não vale a pena sofrer por antecipação. Que tudo se supera. E que mantenho a minha visão de vida: há sempre um lado positivo. Só temos de o procurar.
Este texto foi um dos exercícios da formação Escrita Criativa, proporcionado pelo Turismo de Portugal.
Gostei imenso! Já o tinha dito e torno a dizer. 🙂