Lua Cheia em Vinhas Velhas | Tributo aos vinhos “velhos” do Douro
Aromas frescos e palato suave. As novas colheitas surpreendem. Vinhos com a qualidade das vinhas velhas que, depois de serem conhecidos no estrangeiro, tentam a sua sorte em Portugal.
Este foi um projeto que nasceu ao contrário. Primeiro surgiu o vinho e só depois as vinhas e a adega. Primeiro “atacou” os mercados internacionais e só agora chega ao nacional. Este é um projeto feito por quem gosta de vinhos vinhos, nomeadamente brancos: os enólogos João Silva e Sousa e Francisco Baptista e o empresário Manuel Dias.
As novas colheitas foram apresentadas na semana passada. Dois tintos, um branco e um rosé. Todos do Douro. Todos feitos a partir de uvas de vinhas velhas. E todos eles deverão constar da lista de vinhos a comprar.
Mas vamos por partes. O Branco DOC Douro, colheita 2015, é feito a partir de mais de 20 castas. E isso reflete-se quer no aroma quer no palato. Um aroma fresco a apelar a maças meio-verdes, com um toque de ananás e muita, muita mineralidade. Frescura que se nota na boca, assim como uma persistência que se prolonga. Um vinho a beber fresco e que funciona como complemento ideal para peixes e carnes brancas.
O Rosé DOC Douro foi a primeira experiência no mundo dos rosés. E apesar de os enólogos confessarem que não estão completa- mente satisfeitos, nomeadamente em relação à cor (ligeiramente rosada) o certo é que este é um vinho que não os deixa ficar mal. Pelo contrário. Com um ligeiro aroma a morangos surpreende pelo equilíbrio mostrado. Categorizado como sendo um vinho seco na verdade apresenta uma frescura e consistência que se adequa a pratos de mariscos, carnes brancas, massas ou comida oriental. Uma sugestão? Experimente-o com sushi.
Os dois vinhos apresentados pela Lua Cheia em Vinhas Velhas surpreendem pela maciez do palato. São tão suaves que uma pessoa não os associa imediatamente ao Douro. Característica que os torna numa bebida versátil. E que permite ganhar adeptos da marca. O Tinto DOC Douro, da colheita de 2014, tem um aroma complexo a apelar à polpa de morango, às amoras maduras e ao mirtilo. Um aroma que engana porque indicia um vinho encorpado. Foi criado a pensar no acompanhamento a carnes assadas e de caça, assim como queijos fortes.
Já o Lua Cheia Reserva Especial Douro assume-se como um vinho mais especial. Talvez pelo facto de cerca de 40% dele ter sido feito tendo por base o recurso a uma técnica antiga: a manta caída. Apresenta um aroma mais denso e poderoso, a remeter para frutos do bosque (mas muito maduros) e onde se nota, ligeiramente, a presença da madeira. Mais uma vez, um aroma que se mostra ser mais denso do que o palato, extremamente suave. O acompanhamento ideal para uma refeição mais especial.
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Por Alexandra Costa/OJE