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A festa regressa a Serralves

Entre 2 e 5 de junho, a cultura domina o Porto. Primeiro na baixa da cidade e, mais tarde, na Fundação Serralves. Atividades para todos os gostos e idades.

SEF-2016_Danca_Maria-Donata-DUrso-1-940x380São 40 horas de festa. Tudo começa às 8 horas de sábado e só termina à meia-noite de domingo. É a terceira edição do Serralves em Festa, que se realiza a 4 e 5 de junho, festa que é considerada o maior evento da cultura contemporânea em Portugal e um dos maiores da Europa. 40 horas com muitas atividades em vários espaços da Fundação de Serralves, mas também nalguns locais da baixa do Porto.

SerralvesSão mais de 250 eventos com mais de 400 artistas de 15 nacionalidades. Um programa cheio e que integra propostas que ilustram a interação das artes visuais com as artes performativas. Estão representadas as áreas disciplinares da Música, Dança, Performance, Circo Contemporâneo, Teatro e Cinema, Fotografia e ainda um extenso programa de oficinas e visitas orientadas.

SerralvesNo vasto programa, há eventos que se destacam. É o caso da Oxidation Machine, patente na Sala Mármore. Um espetáculo de som e de luz que tem como objetivo criar uma espécie de capsula imersiva, o que será feito através de um grupo de operadores que irá gerir a densidade desta cristalização, manipulando um dispositivo de difusão de sinal alimentado a partir de arquivos, mecanismos sonoros e microfones localizados no Parque de Serralves.Serralves

Na vertente musical, destaca-se o concerto dos Natural Information Society & Guests, que acontece às 18h de sábado, no Prado. Uma mistura levada a cabo pelo norte-americano Joshua Abrams que convidou músicos portugueses. No domingo, por volta das 19h30, sobe ao palco Interactive Ball, do australiano Jon Rose, na Clareira das Bétulas. Um projeto diferente, assente numa bola gigante irá gerar sons com a ajuda do público. Um pouco mais tarde, pelas 20h15, os Calibro 35 atuam no Prado. A banda é conhecida por revisitar bandas sonoras de filmes a que se juntam elementos de vários estilos musicais, do rock ao jazz e à música improvisada. A festa termina com Powerplant, nome bem conhecido da música eletrónica britânica.

Tal como em edições anteriores, o Circo Contemporâneo estará presente com espetáculos no sábado e domingo, às 22 horas, na Clareira das Azinheiras. Este ano, a grande novidade é o projeto Plan B, de Aurélien Bory e Phil Soltanoff, da Compagnie 111, de França.

Quem gosta de dança contemporânea não poderá perder a peça Ciel, do brasileiro Volmir Cordeiro ou a estreia absoluta a peça Eu – Globulus, sábado e domingo às 17h30 no Passeio da Levada, interpretada por Pedro Prazeres. Esta é uma instalação de dança construída especificamente para o Parque de Serralves onde o público é convidado a encontrar diferentes proximidades, imaginários e relações através de uma coreografia-instrumento de perceção da paisagem.

Serralves

Para os mais pequenos, Serralves apresenta o projeto E se tudo fosse amarelo?, de Sílvia Real. Uma peça de teatro/dança em que as crianças têm espaço de experimentação, de invenção, de pensamento e de diálogo assente em várias linguagens como a dança, o teatro, a música e a filosofia e que ocorre às 12 horas de sábado, no Auditório.

SerralvesMas a festa também decorre na baixa do Porto. No dia 3 de junho, às 22 horas, Jon Rose apresenta, no centro do Porto, o projeto musical Wreck e que consiste na transformação de um automóvel, oriundo de uma sucata num instrumento musical. Já o Terreiro da Sé do Porto recebe, nos dias 2 e 3 de junho, às 19h30, a italiana Maria Donata D’Urso, que apresenta a performance Strata.2. Um projeto que consiste numa escultura elástica e alterável, instalada no espaço urbano e que permite que se tenha diferentes perspetivas sobre a mesma. Por seu lado, a loja na Avenida dos Aliados recebe o espanhol Alex Mendizabal que apresenta uma instalação sonora performativa a partir de várias dezenas de balões.

Por Alexandra Costa/OJE

Alexandra Costa

Jornalista desde 1996. Adoro viajar, conhecer novas culturas, experimentar gastronomias. Sou viciada em livros e nunca digo que não a uma boa conversa e amo a minha Luna. Defendo que mais vale poucos (e muito bons) amigos do que milhentos conhecidos. E prefiro ver o “copo meio cheio” em detrimento do “copo meio vazio”.

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