30 anos de Rock in Rio
25 milhões de investimento, cinco dias de música e milhares de pessoas. Será assim mais uma edição do Rock in Rio Lisboa que se prepara para abrir portas já no dia 19 de maio.
É um evento que move milhares e milhares de pessoas, atravessou continentes e faz parar, por vários dias, o Parque da Bela Vista. Agatha Arêas, diretora de Marketing do Rock in Rio, explicou ao OJE quais as novidades da edição de 2016, o que se pode esperar em termos de música e quais as ações de marketing preparadas pelos patrocinadores.
Qual a avaliação de 30 anos de marca? Como evoluiu ao longo do tempo? O que mudou?
Quando o Rock in Rio surgiu, o contexto brasileiro era muito instável e delicado. Vivíamos uma época de liberdade depois de um longo período de ditadura e o objetivo do evento era mostrar uma juventude forte, com liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, promover o Rio de Janeiro como destino turístico a nível internacional. Para que se tornasse num caso de sucesso, tudo teve de ser pensado ao pormenor: a estratégia tinha, naturalmente, que ser algo único no país e no mundo, as infraestruturas e o line-up de uma qualidade inigualáveis, tudo isto de forma a apanhar de surpresa todo o mercado internacional e superar a má fama que existia à volta do mercado dos espetáculos no Brasil.
Hoje, as nossas exigências continuam a ser as mesmas. Queremos, através da música, unir pessoas, originar sorrisos, abraços e momentos únicos para todas as idades, todas as famílias e todos os amigos que escolhem a Cidade do Rock para partilharem vivências. É muito gratificante ver um evento que é partilhado por todas as gerações, que conta um público que é extremamente transversal (75% tem idades dos 15 aos 50 anos) devido a um cartaz diverso (dias dedicados aos mais jovens e outros à família, aos jovens de espírito) e é esta proximidade que fazemos questão de manter com o nosso público. Para isso, continuamos a acreditar que é essencial mantermos as nossas infraestruturas de alta qualidade, apostarmos na grande variedade de atrações e, sem dúvida, ter um line-up poderoso. 30 anos depois, a entrega ao projeto continua a ser total, tendo o objetivo claro de melhorar a experiência do público!
Os patrocinadores têm-se mantido estáveis ao longo do tempo? Qual o seu papel na organização do evento?
Ao longo destes anos, temos tido a felicidade de contar com excelentes parceiros, que veem o Rock in Rio como um potencial de comunicação e um veículo de aproximação ao público e a potenciais consumidores. Foi assim desde o lançamento do festival, porque na altura os patrocinadores já viam o Rock in Rio como a oportunidade perfeita para se aproximarem de um público mais jovem.
E é justamente a plataforma de comunicação do Rock in Rio que vem sendo um dos principais atrativos no que diz respeito a patrocínios. O retorno tem sido de tal forma positivo para os nossos parceiros, que muitos estão connosco desde a primeira edição! Este ano, temos connosco um novo patrocinador: a Samsung.
O Rock in Rio nasce com marcas, é feito por marcas e é através das marcas que se torna viável, neste nível de qualidade a que habituou o público. Desde a primeira edição que o Rock in Rio conseguiu conquistar a confiança e investimento de grandes marcas, por ser um projeto único de comunicação, com qualidade de entrega impecável e retorno financeiro garantido. Atingimos um público de perfil alargado e que percebe o Rock in Rio como um grande evento, comparável a um Europeu de Futebol.
A essência de criar experiências, que tanto caracteriza o projeto Rock in Rio, é transversal às marcas que estão connosco e isso é um elemento facilitador, pois estamos todos a rumar para o mesmo lado: proporcionar momentos inesquecíveis para o público e enriquecer o atualmente tão valioso capital social e, para nós, esse é o seu principal papel na organização do evento.
O que podemos esperar em termos de ações de ativação na edição deste ano?
Os nossos parceiros estão a preparar ativações muito variadas e originais para que o público do Rock in Rio viva na Bela Vista momentos únicos!
A Vodafone Portugal que é, pela segunda vez, o patrocinador principal do Rock in Rio-Lisboa, reforça a aposta estratégica na música e volta a dar o nome a um dos palcos do festival, participando na sua curadoria: o Palco Vodafone.
A marca criou a aplicação Vodafone Rock in Rio que permite, entre outras coisas, comprar de forma muito simples um bilhete para qualquer um dos dias do evento. O bilhete é depois enviado por SMS e, através de um leitor, as pessoas podem entrar na porta Vodafone MTicket (quem fizer esta compra e estiver entre os 200 primeiros a chegar ao recinto, pode entrar 30 minutos mais cedo). Depois do sucesso da edição passada, a Vodafone vai proporcionar um momento de dança nos intervalos do Palco Mundo inspirado nas três cidades do Rock in Rio que promete animar e envolver o público. A Vodafone vai ainda assegurar vários pontos de carregamento de telemóvel (“recharge points”).
O Continente, patrocinador oficial do festival pela segunda edição consecutiva, vai trazer karaoke battles para a Cidade do Rock, depois de o ter feito pelas ruas de Lisboa.
Já o Santander, criou condições especiais para os clientes Mundo 1, 2, 3 e vai ser o responsável pelos pontos de ATM dentro do recinto.
A Samsung, que assume pela primeira vez, em 2016, o papel de Patrocinador Oficial do Rock in Rio Lisboa, vai ainda desenvolver várias ativações no recinto com alto teor tecnológico e de interatividade. A marca pretende criar um ecossistema tecnológico para que as pessoas se possam divertir e interagir com a tecnologia e, mais do que isso, serem elas próprias geradoras de conteúdo. A Samsung promete disponibilizar tecnologia 360 e proporcionar ambiente e cenário aos utilizadores. A realidade virtual também estará presente no Rock in Rio para proporcionar sensações completamente inéditas.
Nesta edição, vamos também contar com a Pepsi, claro, que, aliás, foi um dos primeiros patrocinadores do Rock in Rio, tendo marcado presença na primeira edição do festival, em 1985, e com a EDP, o primeiro parceiro global do festival.
Quais as expectativas em termos de visitantes? Isso significa uma evolução positiva?
As expectativas são as melhores e o público pode vir com uma certeza: 12 horas de muita festa por dia!
Vamos ter uma Rock Street com sons e ritmos do Brasil, recheada de performances de rua (capoeira, música, dança) e espetáculos de artistas brasileiros convidados que vão tocar, não só, músicas suas como reportório de outros grandes artistas (vamos ter, por exemplo, Mart’nália a cantar Martinho da Vila); vamos ter o Palco Vodafone com grandes talentos da música nova e que já está a dar que falar entre os fãs da música alternativa, com um cartaz que inclui nomes como Black Lips, Real Estate, Capitão Fausto, B Fachada, entre outros; vamos ter uma Eletrónica renovada que, além de receber cerca de 30 DJs nacionais e internacionais (entre os quais Carl Cox), vai ainda contar com uma grande novidade: vamos ter uma piscina onde vamos realizar pool parties; e no Palco Mundo vamos ter grandes artistas que vão fazer vibrar o público com os seus hits bem conhecidos de todos – Bruce Springsteen, Queen+Adam Lambert, Hollywood Vampires (o grupo que junta Alice Cooper, Joe Perry e Johnny Depp), Maroon 5 e Avicii são alguns deles. E não podemos esquecer o espetáculo Rock in Rio – O Musical, uma também novidade desta edição que vai abrir o Palco Mundo todos os dias.
Já há algum dia esgotado? Prevê-se que algum dia esgote?
Nesta edição, os dias mais procurados são os dias de Maroon 5, Bruce Springsteen e Queen+Adam Lambert. O dia de Marron 5 está prestes a esgotar em alguns pontos de venda mais ainda haverá bilhetes disponíveis. Este é um dia muito transversal e o mais disputado. Já tivemos dias esgotados em edições passadas, mas não é o habitual para um evento da dimensão do Rock in Rio (a não ser no Brasil, onde, há 3 edições, esgotámos todos os dias numa questão de horas!).
Qual a faturação esperada para este ano?
O dado que divulgamos é o valor do investimento do Rock in Rio-Lisboa 2016 (em tudo o que envolve a construção do evento – marketing, comunicação, infraestruturas, contratação artística, RH, logística, contratação de fornecedores) é de 25 milhões de euros.
Por Alexandra Costa/OJE